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A Imperatriz da Paulicéia levará para o sambódromo do Anhembi um enredo que mostrará através de uma das maiores manifestações culturais desse país, o Maracatu de Recife, a emocionante cerimônia da "Noite dos Tambores silenciosos", símbolo do sincretismo religioso, que tradicionalmente é realizada na segunda-feira de carnaval no Pátio do Terço onde as "Nações" celebram a ancestralidade negra.

Enredo Carnaval 2024
MARACATU - BENDITO É O SEU RITO

 

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ENREDO 2023
BEM-VINDOS À VILA ESPERANÇA
O BERÇO DO CARNAVAL PAULISTANO

 

SINOPSE:

Disse o poeta Adoniran: "Como eu fui feliz naquele fevereiro, pois tudo para mim era primeiro, primeira rosa, primeira esperança, primeiro carnaval, primeiro amor criança." Por que para falar sobre essa paixão centenária, a poesia que nos uniu, até hoje se faz presente. Acompanhe minha história e saiba porque a folia está no d.n.a da nossa gente. Tudo começou com a "murga" trazida pelos espanhóis que saiam fantasiados pelas ruas do bairro, cantando numa só voz, embalados por instrumentos pouco convencionais, bumbos, flautas, pratos e outros mais, ditaram o rítmo dos meus primeiros carnavais. O tempo passou e o que começou tímido, virou uma tradição, nos anos seguintes, meu festejo já arrastava uma multidão, que se aglomerava pelas ruas, numa explosão de alegria e, veja você, quem diria... Sou a Vila Esperança, capital paulistana da folia. Mesmo nos tempos difíceis, carreguei a marca da diversidade, atraí foliões de todas as raças, credos e idade. Ser rico ou pobre nunca foi impedimento, o sorriso no rosto, sempre foi a única forma de pagamento. Tenho muitas histórias e guardo todas na memória como um tesouro. Por isso, envaidecido, relembro a minha década de ouro, anos 50, das grandes sociedades e desfiles magistrais, 5 de julho, Ruve, Guarany, Amigos de Vila Matilde, estrela D'alva e outros mais. São muitos momentos maravilhosos que o passado me remete. Quanta saudade das batalhas de confete! Ví pierrôs apaixonados, piratas, xerifes e cangaceiros, damas da corte, faraós e palhaços festeiros, bailarinas e mascarados num clima de descontração, ao som de marchinhas de doce recordação. Outro fato da época, que sua importância me impede de ser humilde, foi ver em minhas ruas, os primeiros desfiles da Nenê de Vila Matilde. Abram alas que o corso vai passar! Brincantes em seus carros enfeitados, jogam serpentinas pelo ar. Foi um período sem igual, onde a alegria pura e simples, era a regra do carnaval. Nos anos seguintes, a folia da cidade passou por um período de transformações, escolas de samba ocuparam o lugar dos antigos cordões. Nossa festa se adequou a nova realidade, mas não perdeu a sua essência, se o carnaval realmente mudou, a Vila Esperança se tornou resistência. Somos raiz forte, que nasceu e cresceu na rua, inesgotável fonte de cultura popular, que até hoje continua. Sou celeiro de gente bamba que se espalhou no mundo do samba, e, se quer saber onde minha tradição segue firme, digo à você: Sou morada do bloco do povo e dos Chorões da Tia Gê. Sou palco dos desfiles da Matriz do Samba, orgulhosamente e em fevereiro, os blocos de rua fazem a alegria da nossa gente. Mostrar no Anhembi meus 100 anos de história, é uma boa idéia, por isso, agradeço a Imperatriz da Paulicéia, digna representante do meu carnaval, por levar esse legado, da zona leste para o Polo Cultural. Lisonjeado, convido você a conhecer o meu cotidiano,

Bem-vindo a Vila Esperança - O Berço do carnaval paulistano.